sexta-feira, setembro 21, 2007

Dia Mundial da Pessoa com doênça de "Alzheimer"

Dia 21 de Setembro é Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer!


Os dias mundiais valem para, pelo menos uma vez no ano, pensarmos numa Causa. E só por isso já valem a pena e têm de ser aproveitados muito bem!


Quero desafiar-vos a comemorar este dia indo ao cinema ver um filme muito especial – uma daquelas histórias de amor que nos deixam mais ricos e, no caso do filme “Longe dela” ainda mais sensíveis à Causa das pessoas com doença de Alzheimer e dos seus familiares, normalmente os seus cuidadores.

Eu disse que era uma história de amor e acho que esse já é um argumento de peso. Mas vou usar as minhas técnicas de persuasão para perceberem que este desafio é absolutamente irrecusável:

1 – Graças ao apoio da CML vamos ter durante 3 dias o Forum Lisboa (antigo cinema Roma) à disposição da Associação para passar o filme. Se não conseguir ir num dia terá mais duas opções:

*Dia 21, 6ªfeira, sessão às 16:00h - antecedida por uma cerimónia com início às 15:00h em que ilustres figuras da CML vão assinar a “Declaração de Paris” o que é o mesmo que dizer que vão dizer um sim convicto a pôr a demência na sua agenda e nas suas preocupações de decisores. A cerimónia é pública e às 16:00h terá início a estreia do filme;

*Dia 22, sábado, sessão às 21:00h

*Dia 23 , Domingo, sessão às 16:00h

As bilheteiras abrem 3 horas antes de cada sessão e não vão existir lugares marcados

2 – Graças à Lusomundo, a Associação vai poder exibir num cinema em exclusivo um filme que não vai entrar no circuito cinematográfico e que só vai ser lançado em DVD em Outubro. É por isso uma ante – estreia absoluta e a única oportunidade de ver este grande filme numa sala de cinema .

3 – E se tem dúvidas sobre o que é para mim um grande filme até porque, para os que me conhecem bem, eu serei altamente suspeita por ter vivido em casa uma história de amor linda em que os protagonistas foram o meu Pai e a minha Mãe (tinha ela doença de Alzheimer) , veja o link e fique com muita vontade de ir ao cinema ver um grande Filme e ajudar uma grande Causa

4 – Por fim – as receitas das 3 exibições do filme “Longe dela” são graças à CML ( que nos cedeu o espaço) e à Lusomundo ( que nos cedeu os direitos de exibição )

inteiramente para a Associação Alzheimer Portugal. O preço dos bilhetes?

€ 5 ou € 4 se tiver cartão jovem ou se for maior de 60 anos. Como vê ajudar é fácil e ainda por cima vai ser um momento alto do seu próximo fim de semana.

E eis que, quando tudo parecia perfeito…surge….um….

UM ÚNICO PROBLEMA : A SALA DO FORUM LISBOA LEVA 800 PESSOAS!!!!!!!!!


Conto consigo

Francisca Távora

Alzheimer Portugal

“Não há memória de uma Causa assim”

www.alzheimerportugal.org


P.S.: Gostaria de contar com a presênça de todos, para que possamos abraçar causas nobres como esta e ajudar quem precisa, pois ninguém sabe, o que nos reserva o dia de amanhã.
Para além de festas e folias, os "SEMPRE EM FESTA", participam em eventos nobres, como este e tantos outros, pois são pessoas solidárias e sensíveis a causas humanitárias.

"EU LÁ ESTAREI DE ALMA E CORAÇÃO A PENSAR EM ALGUÉM QUE MUITO AMO"

Beijinhos a todos,

Paula

8 comentários:

Chora disse...

Olá a todos,

Por razões que os mais proximos de mim conhecem, não consigo ficar indiferente a este flagelo,tal como outras causas, também elas nobres, esta merece de todos nós uma reflexão e porque não a nossa contribuição por mais pequena que seja.
é me dificil falar sobre esta doença, pois é tão cruel, tão traiçoeira que surgindo do nada, contamida todos os que estão á sua volta.
Ao contrario da maioria das doenças a resposta para as causas da mesma é um "ACONTECE", daí que uma pergunta nunca nos larga a mente PORQUÊ a ela ou ele, que mal fez ela ou ele para merecer isto.
Ao contrario de outras doenças (note-se que isto são opiniões pessoais e que não têm suporte cientifico), esta faz sofrer todos os que estão por perto e não a pessoa afectada , que parece estar num outro mundo, longe da realidade e as vezes até feliz.
Atrevo-me a dizer que esta doença tem a particularidade de atingir alguem em particular e de em pouco tempo contaminar 10, 20 30 100 pessoas imediamente; quem realmente fica afectado são aqueles que habituam-se a conviver unica e exclusivamente com a presença fisica da pessoa atingida e com as recordações de um passado que procura sobrepor ao presente.
Acredito que na grande maioria dos casos as pessoas proximas ao doente, suportem esta dor com o pretexto que pelo menos têm a pessoa que amam por perto.
É obvio que as experiencias divergem de pessoa para pessoa, no que me toca a mim em particular, posso afirmar que o que sinto é uma luta constante para manter bem vivo dentro de mim a pessoa amavel, interessada, meiga e faladora que no passado partilhou comigo momentos inesqueciveis e que hoje se limita a me chamar de "coiso". Hei-de lembrar sempre a pessoa maravilhosa e combater o rasto de destruição que esta doença deixa, apagando da minha memoria este periodo que esta doença "FILHA DA PUTA " tão mal tem feito a est afamilia.
Uma palavra para o meu sogro que tem sido um verdadeiro HEROI e que merece tudo o que um ser humano tem direito, AMOR, PAZ, CARINHO...
Por ultimo uma palavra para a minha mulher que sofrendo imenso, com uma dor que eu proprio não consigo sequer imaginar, não deixa que esta doença FILHA DA PUTA a iniba de viver a vida com intensidade de cabeça levantada e com uma coisa que ninguem que eu conheço tem, uma esperança enorme num futuro melhor, nunca desistindo e ás vezes dando me força a mim para não desistir também. PARA TI UM MUITO OBRIGADO.

Por aqui me fico, um abraço a todos os que perderam 30 segundos do seu tempo para ler o que me vai na Alma.

CHORA

Paula Chorão disse...

Muito Obrigada, Meu Amor,

Desta vez superaste-te...e queres matar-me de tristeza e ao mesmo tempo de alegria, por saber que tenho um maridão, que sente o que eu sinto, sabe o que eu sinto, e acima de tudo é "O MEU GRANDE AMIGO E COMPANHEIRO".

Eu é que tenho de te agradecer, todo o carinho e apoio que me tens dado, as palavras de conforto e o ombro amigo que tens sido, quando estou mais em baixo...não é nada fácil, não...nem consigo descrever o que me vai na alma, é uma dor que me persegue todos os dias, e a todas as horas, tento compensar esta dor, com as boas lembrânças e os momentos felizes, que vivemos, mas as lágrimas caem e o coração aperta, quando penso, falo, ou leio, sobre o assunto, é inevitável.
Uma parte de mim morreu, por mais que eu queira reavivá-la, já não consigo, a revolta interior que eu sinto perante tal flagelo indigna-me...como tu dizes e bem...porquê ELE, ou ELA?

A todos os que sofrem desta doênça, um grande abraço amigo, e FORÇA, a todos os "cuidadores", que acima de tudo, são os que mais sofrem.
Um beijo especial, do tamanho do mundo à minha "MÃE QUERIDA", e todos os dias acordo e adormeço a pensar em como seria bom que tudo isto fosse só um pesadelo e não a realidade.
AO MEU QUERIDO PAI, um grande beijo e um MUITO OBRIGADA, por ter sido sempre, e continuar a ser, um marido AMIGO e DEDICADO, sempre preocupado com o seu bem-estar.

Hoje é o "Dia Mundial", mas para mim, todos os dias são dias, para pensar e reflectir, por isso deixo aqui um AMO-TE E ESTAREI SEMPRE DO TEU LADO".

Paula

Orlando Gonçalves disse...

Quase todos nós conhecemos alguêm por perto com esta doença. A mim tocou-me ter um familiar muito proximo. Foram de facto momentos muito dramáticos para toda a familia, que se juntou como nunca para minimizar o sofrimento daquela Mulher Maravilhosa. Penso não existir pior coisa do que perdermos a noção do que fazemos, não conhecermos os nossos filhos, familiares e amigos, perdermos a noção de tudo e vivermos num outro mundo, á parte deste em que todos nós vivemos.
Por tudo isto compreendo o sofrimento e a dor que a Paula sente. Hoje de facto é o dia mundial da pessoa com a doença de Alzheimer, mas quem convive todos os dias com a doença, todos os dias são dias.
Expresso aqui a minha solidariedade e amizade eterna á nossa amiga Paula pela coragem que têm demonstrado em enfrentar a doença da sua querida Mãe. Para o pai da Paula, só queria dizer, força, muita força, continue a dar todo o amor e carinho que possa dar, sei que não é facil, por vezes fraquejamos, mas logo nos enchemos de coragem e vamos arranjar forças onde nem pensavamos que elas existiam. Espero que a ciência descubra muito proximamente uma cura para minorar este sofrimento, para bem de todos.
Orlando

Orlando Gonçalves disse...

Só mais uma coizinha, já no dia 9 de Agosto no meu Blog me referi a esta doença, não compreendendo porque o Estado não a considerava como sendo uma doença crónica e inscrita no plano nacional e saúde. Coisas que a meu vêr devem de estar nas mãos dos governantes. Era muito bom que eles pensassem que não acontece só aos outros, que também lhes pode tocar a eles.É pena que só nessa altura saibam dar o verdadeiro valor de quem sofre.

Paula Chorão disse...

Amigo Orlando,

Beeeem....hoje não há lenços que resistam...

Como sempre o meu amigo, não podia deixar de mostrar a sua solidariedade e sensibilidade pelo sofrimento alheio, outra coisa não seria de esperar.
Desde já te agradeço e sei que é verdadeiro o sentimento que nutres pela minha pessoa, e pela minha dor, pois a tua vida também não tem sido fácil...
A vida prega-nos com cada partida...pois mas que havemos de fazer, meteram-nos no mundo, agora temos de aguentar, uns dias melhores, outros piores..cést la vie".

Pois, em relação ao Estado não reconhecer esta doênça, como doênça crónica, e não contemplá-la no Plano Nacional de Saúde...eu só tenho uma explicação..., é que, como os medicamentos prescritos pelos médicos, (que têm de ser da especialidade)são tão caros, e as consultas idem...alguém beneficia com isso, e não somos nós com toda a certeza, de nós sai-nos é do bolso.
Já são tantos os doentes de Alzheimer por esse mundo fora, que mereciam maior atênção, para, pelo menos minimizar o sofrimento de todos.
É inacreditável, como um país como o nosso, que o ordenado mínimo é o que é, e as reformas o que sabemos...e como esta doênça atinge a faixa etária mais idosa...como podem suportar tais despesas? Ou vivem em sofrimento, e na decadência humana, ou então morrem da insanidade humana, esquecidos por um sistema que eles próprios ajudaram UM DIA a desenvolver com o seu trabalho e suor.
É UMA LOUCURA, quando penso nisto, só me apetece emigrar para bem longe, onde as pessoas são tratados como SERES HUMANOS!!!

Beijos,

Paula

Aida disse...

Bom....depois de tudo isto pouco mais há a dizer. Porém, tenho de felicitar-te Paula, pela tua coragem e sobretudo pela energia e vontade de viver que demonstras a maior parte do tempo. Não te limitas simplesmente a sobreviver. Queres VIVER...apesar de tudo. Quanto à tua mãe, com quem tive o privilégio de privar mais do que uma vez, vou recordá-la sempre como uma pessoa meiga, muito bonita e bem conservada para a idade(tal mãe tal filha, LOL)e possuidora de uma serenidade de fazer inveja a muita gente(continuo a tentar desenvolver em mim esta qualidade).Por isso paula, resta-me dizer que podes contar com todos nós, sempre que precisares, apesar de perceber que continuas a revelar dificuldade em falar sobre este assunto, o que compreendo perfeitamente.Assim, para já, já...o meu minúsculo, miserável, quase inexistente contributo, vai ser a ida ao cinema para ver este filme, neste domingo. Até lá,

Bjs

Anónimo disse...

Há cerca de duas semanas fui contactado pela Alzheimer Portugal no sentido de a Lusomundo se associar a um evento de solidariedade social com vista a assinalar o dia internacional do doente de Alzheimer.
Embora dependente de decisões superiores e até contratuais, abracei de imediato esta causa e foi com muito orgulho e determinação que oferecemos à Associação as receitas totais das exibições de Sexta-Feira, Sábado e Domingo de um filme tão bonito – LONGE DELA, que inexplicavelmente não fez cinema em Portugal.
Todavia, tenho esperança que a actriz principal, Julie Christie, seja, pelo menos, nomeada para o Oscar ® de melhor actriz ,de forma a premiar o seu brilhante desempenho mas também para que isso ajude o filme a chegar a muitas mais pessoas que, sem dúvida, vão assistir a uma maravilhosa história de amor e ficarão muitíssimo mais sensibilizadas para o drama desta doença que afecta, e de que maneira, todos aqueles que mais de perto (con)vivem com a doença.
Não quero enfatizar o meu comentário pela área do cinema mas, como há poucos filmes sobre esta doença, não queria deixar de recomendar IRIS, com Judi Dench e Kate Winslet, entre outros grandes actores, um filme vencedor de 2 Oscars ® da Academia e que foi a minha primeira lição sobre o drama desta terrível e complexa doença. Vejam, porque vale a pena e é uma autêntica lição de vida.
A Responsabilidade Social é algo que, nas nossas vidas pessoais ou profissionais, deve estar sempre presente. Devemos deixar de olhar para esta e tantas outras causas como “vamos lá ajudar os pobres coitadinhos” mas antes como uma obrigação, consciente e assumida de voluntariamente ajudar. Em vez de dedicarmos o nosso tempo a futilidades, não custa nada ajudar os que mais precisam de atenção e carinho e, às vezes, um pequeno gesto da nossa parte tem tanto valor e uma retribuição tão forte do outro lado que nos enche a alma de alegria (com a qual podemos, definitivamente, contagiar aqueles que nos rodeiam).
Posto isto, resta-me dizer que amanhã lá estarei no cinema a cumprir a minha obrigação de solidariedade social e para abraçar a minha querida amiga Paula, que amo muito e quero que seja muito feliz (e por muitos mais anos ao lado da tua mãe!).
Abreijos para todos,
SR

Orlando Gonçalves disse...

No Domingo fui vêr o Filme e adorei. Um filme muito sentimental sem explorar o lado triste, foi de facto muito, muito bom. Muita pena tenho que não estivessem mais de 50 pessoas na sala. Realmente neste país à beira mar plantado a solidariedade ainda custa muito. É muito melhor andar em C.Comerciais a vêr montras ao fim de semana.
Os orgãos de informação e tirando uma noticia que vi na SIC Noticias no Sabado de manhã, não vi mais nenhum destaque nem mais nenhuma informação sobre o assunto. Sei que não é fácil mas que porra podiam ao menos tentar. Só quando há casos de pessoas conhecidas é que se falam das coisas ... e os desconhecidos... eles são a maioria de todos os outros. Será que não são gente.
Apetece-me dizer como o Chorão F.... da P... de País este onde vivo.